segunda-feira, 30 de março de 2009

Empty Hands of Everything


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“Here’s what I think, Mr. Wind-Up Bird,” said May Kasahara. “Everybody’s born with some different thing at the core of their existence. And that thing, whatever it is, becomes like a heat source that runs each person from the inside. I have one too, of course. Like everybody else. But sometimes it gets out of hand. It swells or shrinks inside me, and it shakes me up. What I’d really like to do is find a way to communicate that feeling to another person. But I can’t seem to do it. They just don’t get it. Of course, the problem could be that I’m not explaining it very well, but I think it’s because they’re not listening very well. They pretend to be listening, but they’re not, really. So I get worked up sometimes, and I do some crazy things.”
Haruki Murakami

segunda-feira, 23 de março de 2009

when every tree a word...


"nature was still speaking to him... every grass-blade, every flower, every tree, every
vine and ivy leaf was a word in a speech that issued from the primeval source of all
being, and that even in the deepest silence spoke with a titan's voice. never had any
music so permeated his being..."

L'autre Valse..

O teatro dentro do teatro

O meu 1º dia de primavera começou com “Esta noite improvisa-se” e não começou mal!


A destacar dois fantásticos momentos;
- O aparato cénico, a recriar uma procissão siciliana onde o belíssimo trabalho musical da actriz a cantar Verdi.
- E o monólogo de 15 minutos de uma actriz em palco Mommina (Sílvia Filipe) a descrever às filhas o que é o teatro, a explicar-lhes a magia que está para lá daquele pano vermelho de veludo, um possível apelo à vida, acabando por morrer quando já não há mais por dizer:

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MOMMINA Vou agora mostrar-vos, o teatro! Primeiro vou dizer-vos como é. Uma sala, uma sala grande, com muitas filas de camarotes em redor, cinco, seis filas cheias de lindas senhoras elegantes, com plumas, jóias, leques, flores; e senhores de fraque com pérolas no plastron e gravata branca; e muita gente, muita, nas poltronas vermelhas da plateia; um mar de cabeças; e luzes, luzes por todo o lado; um lustre no meio que parece cair do céu e que parece ser todo de diamantes; uma luz que encandeia, que inebria como não podem imaginar; e um rumor, um movimento; as senhoras a conversar com os cavalheiros, a cumprimentarem-se de camarote para camarote, uns sentados na plateia, outros a olhar pelo binóculo... aquele de madrepérola que eu vos dei para verem os campos... aquele... levava-o eu, levava-o a vossa mamã quando ia ao teatro, e olhava ela também, naquele tempo... De repente as luzes apagam-se. Ficam acesas apenas as luzinhas verdes da orquestra que está na frente da plateia por baixo do pano de boca; os músicos já lá estão, tantos, tantos, a afinar os instrumentos; e o pano de boca é uma cortina mas grande e pesada, de veludo vermelho e franjas de ouro, uma magnificência; quando se abre... o maestro já entrou com a batuta para dirigir os músicos... começa a ópera: vê-se o palco que é uma floresta, ou uma praça, ou um palácio; e a tia Totina entra para cantar com os outros enquanto toca a orquestra... É isto o teatro... Mas antes, antes era eu quem tinha a voz mais bonita...
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Um texto difícil que poderia ser uma grande chatice - já o vi assim aqui e ali, mas que nesta encenação tem uma força e uma boa disposição contagiantes. Nota-se que os actores se divertem. Isso salta para fora do palco e é tão bom. Até um falso intervalo tem...
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A ver no: Teatro Nacional D. Maria II
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(gracias Pepito pela improvisação)

sexta-feira, 20 de março de 2009

este blog, está quase, quase, de malas aviadas para outro lugar !

Nothing is original..

(…)
Multipliquei-me para me sentir~
Para me sentir, precisei sentir tudo,
Transbordei, não fiz senão extravasar-me,
Despi-me, entreguei-me,
E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente.
by
Fernando Pessoa

The Limits of Control


Taking place in Spain and photographed by the amazing Chris Doyle,
Jim Jarmusch’s latest film, The Limits of Control,
sports a great cast including Tilda Swinton, John Hurt, Gael García Bernal,
Bill Murray and Isaach De Bankolé in the lead role.

Kim Cogan

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Kim Cogan works out of San Francisco and specializes in urban architectural landscapes.
I really love the softness and almost dreamlike quality in these works.

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Kate Steciw

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Where The Wild Things Are?


First poster for Spike Jonze’s new film,
Where The Wild Things Are, starring newcomer

.. do baú.


Lucong

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His oil portraits have a fascinating feeling of delicacy in their Ingres-like attention to line, and the use of muted value and hue relationships within the faces. His faces are often set against a subdued background in similar tones, leaving the subjects’ hair in striking, almost graphic, contrast.
Assim como do fundo da música
brota uma nota
que enquanto vibra cresce e se adelgaça
até que noutra música emudece,
brota do fundo do silêncio
outro silêncio, aguda torre, espada,
e sobe e cresce e nos suspende
e enquanto sobe caem
recordações, esperanças,
as pequenas mentiras e as grandes,
e queremos gritar e na garganta
o grito se desvanece:
desembocamos no silêncio
onde os silêncios se emudecem.

by
Otavio Paz

Salt, to cleanse the soul..

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Yamamoto uses salt to create large, insanely detailed, floor patterns

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