quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008


t'is the season










Lenscap


Vou à(o) Mar..

Na neve mais pura escrevo:
As saudades do meu Mar..
Vou ver-te
Vou aMar-te!
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Bemused by snowfall
cranes remember warm breezes
and white plum blossoms.

DA SOLIDÃO
Depois disto Zaratustra tornou para a montanha e para a solidão de sua caverna, apartando-se dos homens. E esperou, como o semeador que lançou a sua semente; mas a alma, se lhe encheu de impaciência e desejo do que amava. (...)

O meu impaciente amor transborda em torrentes, precipitando-se desde o oriente até o ocaso. Até minha alma se agita nos vales, abandonando os montes silenciosos e as tempestades da dor.Demasiado tempo sofri e estive em perspectiva. Demasiado tempo me possuiu a solidão. Agora esqueci o silêncio. Todo eu me tornei qual boca e murmúrio de um rio que salta de elevadas penhas: quero precipitar as minhas palavras nos vales. Corre o rio do meu amor para o insuperável! Como não encontraria um rio enfim o caminho do mar? Sem dúvida há um lago em mim, um lago solitário que se basta a si mesmo; mas o meu rio de amor arrasta-o consigo para o mar.
Eu sigo novas sendas e encontro uma linguagem nova; à semelhança de todos os criadores, cansei-me das línguas antigas. O meu espírito já não quer correr com solas gastas. Toda a linguagem me torna moroso. Salto para o teu carro, tempestade! E a ti também quero fustigar com a minha malícia!

Assim falava Zaratustra.
Friedrich Nietzsche

Neste natal

Acordei com a M.agia. Obrigado

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Flowers for you


Eternal Flowers
Dentro
de mim
há uma planta
que cresce
alegremente
que diz
bom dia
quando nos amamos
ao entardecer
e boa noite
quando florimos
à alvorada
uma árvore
que não está com o tempo
este tempo
a que chamamos
nosso
Pedro Oom

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

estou sem palavras..


Estarrecido pelo elogio,
Procuro-as, procuro-as,
Estão demasiado trémulas, e as letras
Caem violentamente uma a uma.
Já não sei escrever, sonhar já desaprendi.
Contento-me com o teu lugar encantado,
Com a tua presença alada..

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sinopse para um voo

'Desde muito novos temos uma estranha sensação nas costas. Custam-nos muito movimentos como o rastejar, o enterrar ou o arrastar. Olham-nos com desconfiança. Não entendemos bem o que nos falta e porque teimam em dizer que nos falta alguma coisa. Quando nos nascem as pequenas asas existe uma tendência quase natural para as esconder, não vá o diabo tecê-las e apontarem-nos também o dedo por termos algo de extraordinário. Evitamos grandes exposições, somos discretos e naturalmente calados. A medo e quase só em intimidade é que vamos abrindo as nossas pequenas asas. Os primeiros voos fazem-se em casa onde, normalmente, nos impulsionam e exemplificam os voos. Depressa nos habituamos às alturas, a ver as diferentes perspectivas da terra, das pessoas e objectos. Gostamos de dias de sol e de vento na cara. Em terra falta-nos algo, sentimo-nos presos, respiramos com dificuldade.
Temos várias designações porque as pessoas gostam muito de rotular, etiquetar e tipificar sobretudo o que diz respeito aos outros. Uns chamam-nos cabeças no ar, alienados, almas do outro mundo e até loucos. Outros, porque não sabem bem quem são, procuram um modelo e dizem-nos heróis quando na verdade aquilo que temos é mesmo e nada mais do que asas.
Vamos ganhando altura. As asas já não recolhem, em terra tropeçamos e derrubamos tudo. No céu, planamos e fazemos piruetas, somos ágeis.
O acasalamento é difícil, não há muitas pessoas com asas, os rituais são arriscados e temos um pouso muito incerto. Mesmo em bando somos considerados um pouco solitários e muito independentes.
Os anos vão passando, vamos envelhecendo, as asas ficam mais queimadas pelo sol, porém persistimos, insistimos no voo. Fazemos menos milhas, temos necessidade de ir mais vezes a terra. Então aí reinventamos novas formas de voar e, às vezes, ficamos apenas parados a observar o céu e pensar que já conhecemos uma considerável parte do mundo.'

O meu BAFTA, o meu CÈSAR, o meu ARIEL a minha PALMA DE OURO o meu ÓSCAR a “minha” MARGARIDA DE PRATA .
Para ti
( テキストは天使によってもたらした )

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Father and Daughter


Father and Daughter Brilliant short (8:30 min) animated film by Michael Dudok de Wit.
Pai e filha é um filme sobre o anseio, a espécie de ânsia que discretamente, ainda totalmente, afecta nossas vidas.
Duma simplicidade enorme com uma mensagem lindíssima. Faço disso uma merecida dedicação ao meu pai, ao irmão da Tânia, e a muitos outros.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

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For Emma

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Foi uma noite gelada, para onde quer que caminhasse,

fosse para onde fosse, ficasse onde ficasse!

absorto no silêncio


Já a luz se apagou do chão do mundo,
deixei de ser mortal a noite inteira;
ofensa grave a minha, que tentei
misturar-me aos duendes na floresta.
De máscara perfeita, e corpo ausente,
a todos enganei, e ninguém nunca
saberia que ainda permaneço
deste lado do tempo onde sou gente.
Não fora o gesto humano de querer-te
como quem, tendo sede, vê na água
o reflexo da mão que a oferece,
seria folha de árvore ou sério gnomo
absorto no silêncio de uma rima
onde a morte cessasse para sempre.
antónio franco alexandre

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008


As palavras me antecedem e ultrapassam, elas me tentam e me modificam, e se nao tomo cuidado será tarde demais:
as coisas serão ditas sem eu as ter dito.
(Clarice Lispector)


Nada se sabe, tudo se imagina.
Federico Fellini

Yamamoto Masao


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Ampola Energética


Glory At Sea

Glory At Sea, it is a Hurricane Katrina inspired piece about a man emerging from a watery hell determined to build a raft and return to save his lover.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

I see stars

I see stars
So far away that
I'm looking up when I'm down
Time man
Nothing that you say
Can melt me like him
His words make me swim
Twilight from the screen he sees
Into my past
His brain is moving so fast
Depressa se habituam à nossa ausência aqueles que diziam que nos amavam.
João Camilo, in O Som atinge o cimo das montanhas

Melancolia fotográfica

Paul Sano



Charles Corbet



Alfonse Van Besten