quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sem nada de meu

Dei-me inteiro.
Os outros
fazem o mundo (ou crêem que fazem).
Eu sento-me na cancela,
sem nada de meu
e tenho um sorriso triste
e uma gota de ternura branda no olhar.
Dei-me inteiro.
Sobram-me coração, vísceras e um corpo.
Com isso vou vivendo.

by rui knopfli,
memória consentida

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