quarta-feira, 25 de novembro de 2009

estou escondido na cor amarga do fim da tarde

estou escondido na cor amarga do fim da tarde. sou castanho e verde no campo onde um pássaro caiu. sinto a terra e orgulho por ter enlouquecido. produzo o corpo por dentro e sou igual ao que vejo. suspiro e levanto vento nas folhas e frio e eco. peço às nuvens para crescer. passe o sol por cima dos meus olhos no momento em que o outono segue à roda do meu tronco e, assim que me sinta queimado, leve-me o sol as e reste apenas o odor intenso e o suave jeito dos ninhos ao relento.
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Valter Hugo Mãe

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