Dizem os cientistas
que a cura da paixão
é não chorar,
é se desapaixonar.
A falta de serotonina
faz as pernas bambas, a tristeza,
a irritação, o nó na garganta, a insônia,
é o excesso de dopamina.
Estudaram o cérebro de doentes de amor
mostraram-lhes fotos de seus alvos de paixão:
a proteína do prazer ativou-se _
_ o mesmo hormônio da recompensa.
Mas não perguntaram aos amantes rejeitados
se queriam se livrar de sua obsessão
pois a doença da paixão é exatamente isto:
a esperança sempre renovada pelo torturador
o desejo de ter o belo mais uma vez
mesmo que doa, compulsivamente
drogar-se com o outro
nem que sobrem apenas
letras de uma canção.
Nem souberam explicar, os cientistas,
como se desapaixonar.
Esperava receitas, do tipo:
"tome isto toda vez que nele pensar"...
Mas a ciência ainda não encontrou
a fórmula de emendar corações partidos.
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