domingo, 30 de outubro de 2016

Fever Room


Ficará como um dos espectáculos do ano a abertura do Temps d’images: 
Fever Room
No palco do S. Luiz, o espectador vê a luz.

E a Luz foi sempre magnânima para mim ..
Deslumbrante, Fascinante e Genial o trabalho de Luz com os efeitos dos fumos, por vezes parece que estamos a flutuar por cima de nuvens, noutras o hipnótico vórtice leva-nos a sonhar ...sempre um som de fundo. Belo.



“Os sonhos são criados a partir do que vivemos e o cinema é influenciado pelos sonhos e pela vida. Este espectáculo é uma tentativa de tentar esbater a distância entre os sonhos e o cinema”  
Apichatpong Weerasethakul


Fever Room performance do cineasta, é uma extensão do filme  Cemitério do Esplendor(2015) . Inicialmente, surgem quatro ecrãs grandes (dois à frente, um à esquerda e outro à direita) em que é possível reconhecer alguns dos rostos do filme. Filme esse que Apichatpong se deixou fascinar pelos sonhos e o seu mecanismo durante o sono.
Mas são as imagens do Rio ( viagem ) e da Caverna que me fascinaram mais ( dado que já conhecia o filme ..) 


Apesar de não ter ninguém em cena, Fever Room é exigente do ponto de vista tecnológico – criar um túnel de luz e fumo que parece sugar-nos para outra dimensão não é coisa fácil.


"O percurso começa nos corredores do Teatro S. Luiz, em Lisboa, escurecidos. Somos conduzidos até uma sala negra, ( dentro do palco ) espaço à espera que nos aventuremos — poucas cadeiras, para quem não puder ficar de pé, sentado no chão ou deitado no chão  ..." 
 Ipsilon - Público ( uma excelente entrevista ...)


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