domingo, 25 de setembro de 2016


Ao abrir
a janela
que dá pro terraço
pude perceber
que no outono
o vermelho do arrebol
é mais mênstruo
é mais vivo
é mais forte
que nas outras estações
 
   E os pássaros
   (num ritual diário)
   em revoada, promovem
   uma algazárrica cantoria
   como a querer enaltecer
   o saudosista tempo
   esse senhor dos dois destinos
...
Mas este poema
foi feito para exaltar a alegria
e deixo a janela do terraço
e a porta da rua, abertos
para que a cena se repita 
no próximo arrebol.
Luiz M. da Costa

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