domingo, 11 de setembro de 2016

O Pato Selvagem

de Henrik Ibsen
no
 Teatro Nacional D. Maria II

” A verdade nem sempre é virtuosa, a mentira nem sempre é nociva. Na peça de Ibsen, Gregers Werle é o defensor da verdade a todo o custo, com a qual desmonta com efeitos ruinosos a vida da sua família. A “mentira vital”, capaz de manter um equilíbrio frágil, é para o encenador aquilo que “usamos sempre para nos irmos esquecendo do quão insignificante pode ser a nossa vida e esquecermo-nos de que caminhamos todos para o mesmo fim.” Nesse sentido, vê em O Pato Selvagem “um texto muito negro”, apontando para a conclusão de que “tudo é uma ilusão na qual temos de ir vivendo dentro das nossas pequenas bolhas de ilusão para nos salvarmos”.

 "uma luta entre a verdade e a mentira
o conceito da mentira vital .. todas as bulhas e as redomas que nós criamos,  ou aquilo que decidimos acreditar,  faz a nossa mentira vital " .."o grande motor para conseguirmos suportar todas estas acuras da vida ..
duas personagens ; um fanático da verdade e um outro grande apologista da mentira como uma coisa positiva "

"Num mundo que agora está poluído nas verdades de fundamentalismos, sejam eles de que ordem for, tu perceberes que a génese desses fundamentalismos vem do ser humano e que vem da pessoa e não tem a ver só com religiões ou com crenças e a vontade que nós temos de impor a nossa verdade aos outros e as consequências dessa maneira de funcionar", 
Uma peça aconselhável a pessoas "ainda" não Adultas ..    Muito Bom 

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