quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Blue Bird

Querer ser feliz é ajuntar probabilidades de desgraça. Resigna-te a ser infeliz, e serás o mais feliz que podes ser.
- Por que te ris? Nós só rimos do que não compreendemos.
- Põe compaixão no teu desprezo, se desprezares; mas não desprezo na tua compaixão, se te compadeceres.
- Se és poeta, escuta esta máxima: Que a emoção provoque a tua imaginação, não a tua imaginação a tua emoção.
José Régio; Páginas do Diário Íntimo

Sometimes, hope has two faces.
HYE JEONG PARK

4 comentários:

Anónimo disse...

Quem um dia exprimentou a felicidade jamais se resignará a ser infeliz.

I 李白: 清平調之 disse...

A felicidade existe?

"Esse homem encontrou a felicidade ao descobrir o tesouro de Príamo, o que prova que a realização de um desejo infantil é o único capaz de proporcionar a felicidade"
S. Freud.

"não escapa a Freud que a felicidade é (…) o que deve ser proposto como termo a toda a busca, por mais ética que seja". J. Lacan

“Ninguém pode me obrigar a ser feliz a sua maneira”.
I. Kant

Anónimo disse...

A teoria psicanalítica e a felicidade.

O próprio Freud teria dito que a psicanálise até pode resolver os problemas da miséria neurótica, mas ela nada pode fazer contra as misérias da vida como ela.

É praticamente impossível conceber um ser humano plenamente feliz.

Conhecer-se a si mesmo é uma grande valia para a felicidade, tanto para termos noção mais concreta de nossas potencialidades quanto para sabermos dos nossos defeitos.

Felicidade não existe... o que existe são os momentos felizes.

Anónimo disse...

Kant
Felicidade é uma alegria empírica e não significa nada além
da satisfação dos desejos de cada um, sejam eles desejos naturais ou
intelectuais.

Sendo a felicidade relacionada à alegria e prazer, cada um tem a
sua maneira particular de obtê-la.

A razão não pode nos ensinar o que é a felicidade, porque não podemos
dar-lhe uma definição a priori, independente da experiência.
Mesmo um juízo a posteriori não possuiria
nenhuma generalidade, visto que cada um obtém felicidade de acordo
com sua susceptibilidade aos diferentes prazeres da vida. Pode-se ser
feliz com a riqueza, beleza, prazeres intelectuais, uma vida
contemplativa, nenhum tendo prioridade em relação ao outro na
definição de felicidade ou de vida virtuosa.

Kant faz, portanto, uma distinção radical entre o domínio da
felicidade e o domínio da virtude, abrindo mão de resolver esta
dicotomia pela estratégia estóica, ou seja, pela redefinição de felicidade.